6º ANO - AGENTES DE TRANSFORMAÇÃO DO RELEVO
As camadas internas da Terra
A Terra é dividida em três camadas — crosta, manto e núcleo —, graças às transformações ocorridas ao longo de bilhões de ano. Essas camadas atuam de forma interdependente entre si, e mudanças em uma afetam as outras, o que demonstra que nosso planeta não é um bloco rochoso único e estático.
Agentes modificadores do relevo
Os agentes internos ou endógenos de transformação do relevo são aqueles que surgem ou agem de dentro da Terra, ou seja, abaixo da superfície. São os terremotos, os vulcanismos e o tectonismo.
Os agentes externos ou exógenos, por outro lado, são aqueles que agem acima do relevo, ou seja, sobre a superfície. São as ações dos ventos, das águas, do intemperismo e dos seres vivos.
Os agentes endógenos atuam graças às forças exercidas pela movimentação do magma terrestre, que movimenta os vários “pedaços” que formam a crosta terrestre, chamados de placas tectônicas. Assim, graças ao choque e ao afastamento de duas dessas placas, temos a ocorrência dos vulcões e dos terremotos, além da formação de montanhas, vales, entre outras formas de relevo.
Já os agentes exógenos “esculpem” as formas de relevo que se formaram e se transformaram ao longo do tempo. Aquela expressão “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” expressa bem essa questão. Por exemplo, as águas da chuva, ao escoarem sobre a superfície, “lavam” o solo, retirando dele algumas de suas camadas, que são transportadas para os rios. Quando não há vegetação no local, essa enxurrada pode provocar a formação de grandes buracos, chamados de erosões.
Como se formam os vulcões
A formação dos vulcões está associada com a existência das placas tectônicas. Sabe-se que a litosfera terrestre não é formada por bloco rochoso único e imóvel. A Terra é formada por grandes blocos semirrígidos que se movimentam sobre o manto, de maneira lenta ou contínua. Essa movimentação pode fazer com que essas placas aproximem-se ou afastem-se uma das outras.
Quando as placas tectônicas chocam-se, ocorrendo o chamado movimento convergente, a placa mais densa afunda-se retornando ao manto e sofrendo fusão, enquanto a outra placa, ao sofrer pressão no sentido oposto, origina então dobras na crosta terrestre. Essas dobras dão origem a pequenas ilhas vulcânicas na chamada zona de subducção. Assim, é possível afirmar que a ocorrência dos vulcões está associada às regiões de limite entre as placas tectônicas.
No movimento divergente, as placas afastam-se umas das outras, formando fendas e rachaduras na crosta terrestre. Assim, quando ocorre o movimento das correntes convectivas ascendentes, o magma do interior da Terra atravessa as fendas, sendo levado para a superfície. O magma, então, resfria-se e é acrescentado às bordas das placas, que aumentam de tamanho.
No movimento transformante, as placas deslizam umas em relação as outras, provocando rachaduras na região de contato entre as placas. Nesse movimento, não há destruição nem criação de placas, podendo, em alguns casos, originar falhas. Um grande exemplo de movimento transformante ocorreu entre a Placa do Pacífico e a Placa Norte-América, resultando na falha de San Andreas, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos.
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